O Junior Jacobs costuma dizer que todos os dias devemos agradecer ao agricultor e à costureira, já que sempre nos alimentamos e vestimos alguma roupa. E é verdade! O que seria de nós se não fossem elas que transformam tecidos em verdadeiras obras de arte? E é por isso que o dia delas não poderia passar em branco por aqui!
O Dia da Costureira é celebrado em 25 de maio e a equipe da Maximus Tecidos Finos preparou uma noite especial para elas: um jantar no Restaurante Pastiera, em Cascavel. Aproveitamos o momento de confraternização para bater um papo com algumas das mais de 40 costureiras que estavam por lá e descobrimos histórias lindas, tecidas com linha, agulha, tesouras e muito amor!
Três gerações e uma paixão
Elas não são somente parecidas fisicamente, a semelhança vai além da aparência. Mãe, filha e neta também compartilham do mesmo dom que, no final das contas, se transformou em uma verdadeira paixão: a costura.
“Comecei a costurar muito novinha, aprendi com minha mãe. Na verdade, antigamente esse era o dever da mulher: saber costurar! Sou do tempo da máquina tocada à mão, que hoje só se encontra em museu”, relembra Odila Moresco Lourini, que em seus bem vividos 66 anos não esconde a alegria de dividir a mesma profissão com a filha e com a neta.
Adriana Lourini Capeletto de 42 anos é professora por formação, mas decidiu trocar a sala de aula pelo ateliê de costura oficialmente há cinco anos. “Eu gostava de fazer umas roupinhas para mim, inclusive, tenho guardada a primeira peça. Era um vestidinho de malha e alcinha, todo floral, lembro que saí com ele para levar meu filho na escola, passei na padaria e fui passear, e só neste dia vendi sete vestidos iguais; fez o maior sucesso”, conta.
A filha da Adriana, Aline Capeletto, bem que tentou seguir o ramo de profissão do pai, que é agricultor. Ela se formou em Agronomia, mas a paixão por moda está falando cada dia mais alto.
“Apesar de gostar bastante do setor agrícola, não sei se vou seguir carreira. Ainda quero fazer faculdade de Moda. Faço minhas próprias roupas e vendo algumas peças para as minhas amigas. Normalmente minha mãe corta e eu costuro. É um privilégio poder aprender com minha avó e minha mãe”, ressalta a jovem de 23 anos.
Uma feliz relação com a tesoura
Foram pouco mais de cinco minutos de conversa com ela e uma verdadeira lição de vida. Perto de completar 70 anos, Edite Redivo tem uma certeza nessa vida: “Ah, eu não paro de costurar tão cedo. Posso até diminuir o ritmo, mas enquanto houver saúde e força eu vou fazer o que eu mais gosto”.
A costura começou como uma necessidade, aos 15 anos. De família grande, dona Edite – única da família a seguir essa profissão, era quem fazia as roupas dos irmãos.
Hoje, o Ateliê Edites, instalado em um cantinho da casa dela, conta com mais duas colaboradoras e de lá sai de tudo: roupas sociais, esportivas, casuais, de festa, até mesmo vestido de noiva.
Mas existe segredo para uma relação tão duradoura com a tesoura? Ah existe… E dona Edite não tem problema algum em revelá-lo.
“O sucesso é fazer aquilo que você gosta. Todo trabalho tem que ser feito por amor. Hoje eu desfruto de tudo o que construí uma vida toda, acordo às 9h30 e vou para o ateliê lá pelas 10h. Minhas clientes sabem que não me encontram ali antes disso. Eu faço questão de cuidar do atendimento, tem clientes que atendo há 25 anos, acho que faço um bom trabalho, do meu jeitinho, mas faço”.
Quem também tem uma longa história com as linhas e agulhas é a Cirlei Santos Hirose, 43 anos. Desde bem pequenininha, ela já aprendeu a costurar vendo a mãe e a tia exercendo a profissão. E já aos 12 anos tirava um ‘dinheirinho’ com isso. “Tenho outras cinco irmãs, mas só eu costuro. Sempre trabalhei com isso, há mais de 20 anos, mas como me casei muito cedo, não consegui realizar quando era jovem o sonho que eu tinha de fazer uma faculdade”, conta.
Mas quem foi que disse que faculdade é coisa só para jovens? A própria Cirlei é a prova disso: esse ano ela se formará em Design de Moda. E os ensinamentos da sala de aula já estão sendo colocados em prática! “Eu vou na loja com as clientes, noivas, formandas… E elas ficam inseguras de comprar porque não entendem muito. Aí eu vou junto e passo pra elas essa segurança, dou essa assessoria. Uma das coisas que eu aprendi na faculdade é que a gente tem que acompanhar o cliente em todos os momentos”.
Uma necessidade muito bem-vinda!
Se para algumas a costura sempre foi um hobby, para outras surgiu como uma necessidade. “Eu aprendi a costurar porque, para os meus pais, mulher tinha que saber cozinhar e costurar. Aí eu precisei aprender. Fiz um curso de Corte e Costura com 12 anos, me casei com 13 anos e tive que trabalhar para sobreviver, por necessidade mesmo”, conta Maria Inêz Borges, 51 anos. Mas, com o passar do tempo, o trabalho foi ficando cada vez mais gostoso e passou de necessidade para vontade!
“Comecei fazendo roupas para os amigos, depois fui para São Paulo e trabalhei em fábrica por quase oito anos. Aí voltei para o Paraná e hoje tenho um ateliê de costura. Faço vestido de festas, de noivas. O que eu gosto é de criar, inventar, imaginar, e fazer coisas bonitas. Eu até desenho, mas não gosto não. Não tenho aquela agilidade toda, não”, brinca.
Primeiro o lápis, depois a agulha
Para Julia Oda, 59 anos, foi assim que tudo aconteceu: primeiro o lápis, depois a agulha. Com 20 anos ela saiu do interior de São Paulo e foi para a capital do estado com um desejo na mala: ser estilista! E logo na primeira semana, já estava empregada. “Trabalhei na Rua 25 de Março e depois na Rua São Caetano. Como eu sabia desenhar bem, consegui emprego com facilidade, porque nos anos 70 eles precisavam muito deste serviço”, lembra.
Mas a vontade de seguir na carreira de moda não nasceu por acaso. “A minha mãe sempre costurou. E ela assinava aquelas revistas japonesas sobre moda, e lá vinham vários desenhos. Aí me encantei de cara e virou minha profissão”.
Alguns anos depois de ter ido tentar a sorte na cidade grande, ela abandonou os ares paulistas e veio para Cascavel. Aqui montou um pequeno ateliê no fundo da Loja Gaúcha. “Eu sempre gostei de costurar. Desenhar e costurar. Comecei fazendo de tudo, mas depois fui me especializando para roupas finas, roupas de festa”.
Apesar de já ser formada em Design de Moda há 10 anos, Julia ainda carrega um sonho: ir para o exterior!
“Quero conhecer os grandes costureiros e visitar as principais Semanas de Moda do mundo”.
Herança da avó
Usar os retalhos de tecido no cantinho de costura da casa da avó para vestir as bonecas. Quem nunca? Ouvir a história das irmãs Juliana e Vitória Ricardo dos Santos, de Três Barras, me fez recordar e muito da minha infância, e inevitavelmente da minha querida Vó Tereza – que nos deixou há seis anos.
Tão comum como encontrar quitutes deliciosos nas casas das vovós, era se deparar com máquinas de costura por lá, não é mesmo? E foi assim que Juliana, a irmã mais velha, teve o primeiro contato com o universo da costura.
“Morávamos muito perto da minha avó, e então passava mais tempo com ela do que em casa. Ela tinha um pouco de ciúmes das coisas dela por isso eu mexia escondido, sem que ela percebesse. Comecei fazendo roupinhas para as minhas bonecas, aí minhas amigas viam e também queriam para as bonecas delas”, conta a moça que fez o primeiro curso na área aos 14 anos de idade.
A Avó Isabel se foi há 12 anos, mas deixou para as netas uma herança valiosa, o dom de costurar. Hoje aos 21 anos, Juliana é uma profissional de mão cheia e a irmã Vitória de apenas 15 anos, não deixa dúvidas sobre a profissão que quer seguir. “Estou aprendendo tudo com a minha irmã, ela vai me passando toda a experiência dela nos cursos que faz, é o que eu quero para mim também. O meu vestido de 15 anos foi ela quem fez, encomendamos o tecido com a Cris, na Maximus Tecidos, o Valmir desenhou e minha irmã fez. Ficou perfeito!”, conta Vitória.
A avó da Selma Lima também foi a inspiração para que ela se tornasse costureira. Aliás, a inspiração veio em dose dupla! “Minhas duas avós eram costureiras. Faziam um terno por noite!”. E como as máquinas de costura faziam parte da rotina da família, aos 15 anos a Selma fez o primeiro curso de Corte e Costura. No entanto, a paixão por esse universo só floresceu nela vários anos depois.
“Eu só fui costurar mesmo aos 28 anos de idade porque até então eu tinha uma empresa de enxovais. Comecei a costurar para as amigas e fui pegando o gosto. De repente, quando eu vi, estava com meu ateliê e estou aí há 33 anos costurando”.
Com um sorriso estampado no rosto e um brilho no olhar que não dá para disfarçar, Selma não tem medo de dizer que se orgulha em ser costureira. “Ah, eu gosto muito! Tenho clientes que conheci quando eram bebês e hoje já são mamães. Então, eu adoro. É o que me deixa feliz!”.
Um passatempo dos bons!
A Izabel Minikoski tem 59 anos e descobriu na costura uma boa maneira de manter mente e corpo ocupados mesmo na ‘aposentadoria’. “Eu sempre trabalhei em um Seminário, mas quando saí de lá, não queria ficar em casa sem fazer nada. Aí comecei a trabalhar com a Odila no ateliê dela e depois comprei uma máquina de costura pra mim”.
Hoje a Izabel trabalha em casa fazendo apenas consertos. Mas ela garante: não faltam clientes! “Ah, eu acho muito gostoso. Ocupo bem a minha cabeça! Se me deixarem, fico dia e noite só fazendo isso”, garante.
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Mateus Maggiore
Olá pessoal Se estiver com problemas ou dificuldades em fazer molde de roupas,
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